Saturday 27 March 2010

Telegrama ao Poeta

Poeta, mantém o estado de vigília,
está atento, não adormeças.
Quando os pássaros dormem
as plumas são fofas
mas o canto é ausente
as asas inúteis

e as cabeças decapitadas.


Sidónio Muralha
(«Que Saudades do Mar» - 1971)