Negro
para quem a horas são sol e febre
que colhes
nesse ritmo de guindaste.
Negro
para quem os dias são iguais
que respeitas teu patrão e senhor
como água que mexe o engenho.
Negro!
Levanta os olhos prao sol rijo
e ama a tua mulher
na terra húmida e quente!
Francisco José Tenreiro
(«Ilha de Nome Santo»)