Marcha fúnebre
com os vivos todos em caixões
e o cadáver atrás, a pé, sozinho,
ao som da filarmónica
que marca o passo a fingir vida
na poeira morta
do caminho.
Filarmónica transcendente
que afinal
só toca a valsa banal
da morte nua de toda a gente.
José Gomes Ferreira