Sunday 1 November 2009

Combóio de Malange

Prisioneiro no meu escritório
sonho as distâncias do mato
que me traz o apito do comboio
que arfa
Grande
e Livre
quando passa.

MINHA TERRA, MINHA TERRA, MINHA TERRA
VENHO-DE-LONGE, VOU-PRA-LONGE,
VENHO-DE LONGE, VOU-PRA-LONGE.

Ainda um dia vou partir
nesse comboio do mato
que tem dor no vagão J
e vou ser como ele
que arfa
Grande
e Livre
quando passa.

Depois
todo povo vai dizer:
MINHA TERRA, MINHA TERRA, MINHA TERRA!

António Cardoso