enquanto me vejo ao espelho,
trespasso-me pela translucência
e só vejo a parede vazia atrás de mim.
um dia, surgirei opaco,
até lá trabalho a substância e o sangue
e deixo o ar respirar-me, sem fim.
trespasso-me pela translucência
e só vejo a parede vazia atrás de mim.
um dia, surgirei opaco,
até lá trabalho a substância e o sangue
e deixo o ar respirar-me, sem fim.
Miguel Tiago