Thursday, 3 July 2025
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Tuesday, 1 July 2025
Canção Breve
Monday, 30 June 2025
Soneto da viagem a Marte
Friday, 27 June 2025
Liberdade
Tuesday, 24 June 2025
Não nos deixam cantar
Saturday, 21 June 2025
Impossível é não Viver
Wednesday, 18 June 2025
Sê
Sunday, 15 June 2025
Não me deixes só
Ouve-me, falo-te esta noite
e parece-me falar ao mundo.
Quero dizer-te que não me deixes só
nesta estrada longa sem fim
e tem os dias curtos.
Quero dizer-te
que quatro olhos veem melhor,
que milhões de olhos vendo mais longe,
e que o peso dividido sobre os ombros torna-se leve.
Quero dizer-te
que se te apoiares em mim e eu me apoiar a ti
não podemos cair
mesmo que a tempestade nos siga em rajadas.
Os pássaros voam em bandos, cantam em bandos,
um canto só é lamento e morre no ar.
Não abaixes os olhos, quero-te amigo á mesa;
e não é verdade, que sejamos diferentes
estendo-te os braços e chamo-te de irmão...
Irmão eu sou e companheiro
dobrado para arrancar os espinhos que ensanguentam os pés:
irmão e companheiro levantados para rasgar as nuvens
e apagar o relâmpago:
irmão e companheiro
Um não conta,
nascemos para cantar juntos
e não deixar um legado de lágrimas repito de lágrimas.
morres e ficas nadando
no leito do rio que desagua no mar,
na cama que conta a história de todos os tempos
E serão dias como estes: com nascer e sol
os galos que cantam, as árvores que florescem,
homens na terra e biliões de estrelas no céu.
Dias assim: com a luz nas ruas,
as mesas postas, as crianças brincando,
e o amor nas camas com boca de cordeiro e de lobo.
Dias assim: contigo e comigo
com outros nomes para consultar livros,
experimentar, julgar os vivos e os mortos
se eles merecem... se nós merecemos o perdão...
Perdão pelas guerras em cadeia, pelos massacres
para Hiroxima queimada,
para os poetas de tiro.
Perdão para as câmaras de gás
pela injustiça codificada,
para os infames iluminados no paraíso da terra,
para Cristo na cruz e o carrasco no altar.
Estou-me confessando
Quem me absolve?
Quem te absolve?
História não,
se pudermos fazer a paz da guerra,
chorando alegria,
liberdade escravidão,
odeio amor
e não o fazemos.
Na história, não
Se pudermos derrubar as paredes de pedra óssea
que levantamos todos os dias com as mãos sujas,
tu e eu, com as mãos sujas, e não o fazemos.
Ignazio Buttitta
Thursday, 12 June 2025
VOLTA ATÉ MIM NO SILÊNCIO DA NOITE
Monday, 9 June 2025
ONDE ME LEVAS, RIO QUE CANTEI...
Friday, 6 June 2025
Canção da tristeza alegre
Tuesday, 3 June 2025
Domingo no campo
Sunday, 1 June 2025
A vida
Friday, 30 May 2025
Sou
Tuesday, 27 May 2025
Testamento
Saturday, 24 May 2025
Ao meu maior amigo
Wednesday, 21 May 2025
Sunday, 18 May 2025
Soneto matinal a una colegiala ingrávida
Thursday, 15 May 2025
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Monday, 12 May 2025
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Friday, 9 May 2025
^_^
Tuesday, 6 May 2025
Viagem através de uma fatia de bolo-rei
Saturday, 3 May 2025
Amigo
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neill,