o meu sangue, orquídea negra, a espalhar-se
de raízes aéreas rompendo a floresta
estendendo apenas as saudades à casca da árvore
de onde brotara
o meu sangue como um fantasma
habitando o futuro e todo o mundo aplaudindo de pé
a miragem de um oásis
como se fosse um milagre estar vivo
no deserto.
Miguel Tiago