Friday 24 April 2015
Ao meu Povo
Nos cornos da saudade há uma forca
um fantasma castrado uma agonia
caindo sobre o sangue com a força
com que as palavras doem dia a dia.
No átrio da pureza cresce a fome
que escrevo sobre o rosto das cidades
caiadas no teu ventre no teu nome
onde invocam mentiras e verdades.
Meu povo meu lírio meu abraço
do linho que me envolve até à morte.
Por ti é que eu me dispo é que eu me faço
mais pobre mais triste mas mais forte.
Joaquim Pessoa