E onde param os desaparecidos,
os mortos enterrados sem ritos,
em silêncio, no escuro?
Que madeira tiveram para os seus caixões?
Que rezas amigas, que flores de homenagem?
Onde pára a sua seiva, a fonte de energia
que levou a noite a suprimi-los?
Terão eles a resposta?
É preciso encontrá-los, esses mortos.
Egito Gonçalves